2 de agosto. Fim de férias oficialmente. Eu deveria estar animada, mas não consigo, tento enxergar o lado bom, rever meus amigos. Mas não é tão bom assim voltar pra escola, não que eu não queira, mas é que o fato de voltar significa voltar ao inferninho, onde todos pensam que são melhores que você simplesmente por ter um celular de ultima geração e uma roupa de marca. Eu sei que eles usam esses artifícios para esconder quem são por dentro, pessoas fúteis e ocas, tristes e oprimidas por uma sociedade maldita.
Eu não sou o que diriamos uma pessoa muito alegre, longe de mim, sorrisos nem sempre são sinais de alegria, muitas vezes eu sorrio para esconder toda a dor que existe em meu peito, mas eu simplesmente dou um sorriso, alguns sorriem comigo, mas só porque não tem o poder de enxergar minha consciencia assim como eu enxergo as deles. Não sou bruxa, não sou fada, muito menos telepata, não digo que talvez seja um dom, até porque ler a mente das pessoas tem um certo custo, você enxerga a maldade alheia, você enxerga o ódio, o sofrimento, a inveja e isso prejudica também quem o vê. Também não digo que é uma maldição, até porque junto com um poder vem a escolha, eu posso usá-lo para ajudar pessoas, mas também posso afundá-las em seu próprio mundo.
Na maioria das vezes eu ajudo, talvez por ser boa, talvez por ser tonta. Talvez por querer resgatar essa sociedade de toda limitação que os cerca.
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